Caso de polícia

Alimentos têm origem e história que devem ser respeitados. Quem garante é a polícia. Autoridades italianas apreendem carregamento de Pringles que fere a Denominação de Origem Controlada do prosecco.

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A Europa leva a sério a proteção de seus produtos.

E, para isso, policia quem usa as indicações geográficas do continente para promover interesses comerciais.

Por este motivo, a polícia italiana está confiscando tubos de batatas Pringles sabor Prosecco & Pink Peppercorn.

O lançamento, integrante da estranha linha “Xmas Dinner”, é ilegal naquele país.

O motivo é que o uso do termo “prosecco” não foi aprovado pelo consórcio que autoriza a denominação.

Os vinhos prosecco receberam a proteção DOC (Denominação de Origem Controlada) em 2009.

A partir desta data, só podem ser chamados prosecco as bebidas espumantes que sigam certas normas.

E que sejam feitas obrigatoriamente no nordeste da Itália, nas regiões do Veneto e Friuli Venezia Giulia.

Como são espumantes, proseccos são adotados em celebrações – exatamente a ideia da linha de batatas fritas.

Até o momento, 250 embalagens, importadas da Holanda, foram apreendidas.

A empresa alegou tratar-se de um lote antigo, e que o caso não voltaria a ocorrer.

Atualmente, a polícia vigia as fronteiras contra outra invasão.

O mesmo rigor é adotado em relação ao queijo Parmigiano Reggiano, os espumantes champanhe e os vinhos do Porto.

Aliás, foi para proteger o vinho do Porto que esta lei foi criada, pelo Marquês de Pombal.

Agora quem deseja entrar para o “clube DOC” é o iogurte grego.

O governo helênico não admite que se chame por este nome o iogurte feito fora de suas fronteiras.

Assim, talvez você deixe de encontrar o produto no supermercado da esquina.

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