A culpa é da geladeira

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Você tenta de tudo e não consegue perder peso. Certamente a culpa é da geladeira. Sério. Professor da Economia do Comportamento da Universidade de Cornell (EUA) revela que até o tamanho da geladeira influencia em nosso peso na balança.

As maiores geladeiras domésticas do mundo estão nos Estados Unidos. Não por acaso, o segundo país mais obeso do mundo – o posto foi perdido em 2013 para o México.

É o que revela o professor e psicólogo Brian Wansink, membro do Cornell Food and Brand Lab, e autor do livro Slim by Design: Mindless Eating Solutions for Everyday Life (algo como “Emagrecendo pelo design: soluções inconscientes para os desafios diários”).

A conclusão é a de que, quanto mais comida temos à vista, mais comeremos. A lógica é simples: se procuramos alguma coisa para comer e encontramos 36 outras, ficamos confusas. E, em dúvida, é certo que avançaremos o sinal.

Enquanto geladeiras têm capacidade para armazenar 300 litros (em média), alguns modelos vão além do dobro. Contando gavetas e despensas, Wansink calculou 222,96 metros quadrados designados ao armazenamento de comida nos lares americanos. Em 1973, esta área era de 154,2 m^2.

O estudo revela que nem sempre casas com maior renda resultam em ocupantes mais pesados. A explicação é a de que pessoas mais esclarecidas não enchem toda a geladeira, ou ocupam-nas com opções mais saudáveis, além de ter dinheiro extra para frequentar academias.

A dica é repensar como guardamos comida em casa. Nos EUA, a opção por geladeiras com duas portas facilita não ver o sorvete e bolos com frequência, por exemplo.

Por aqui, podemos organizar as opções mais saudáveis e magras, como vegetais e frutas, na altura do olho. De preferência, cortados e guardados em potes transparentes, para consumo fácil. Consequentemente, as tentações devem ir para as prateleiras inferiores, em potes fechados para que não fiquem visíveis.