Sal liberado? Essa é difícil de engolir

difícil de engolir

Sabemos que o excesso de sal provoca pressão alta, retenção de líquidos e outros problemas de saúde. Pois estudo divulgado recentemente alega que, mesmo em níveis elevados, seu atual consumo é pouco.

A pesquisa, da McMasters University em Ontário (Canadá), acompanhou mais de 100 mil pessoas e foi publicada no New England Journal of Medicine, sugere que pessoas saudáveis podem comer o dobro de sal do que atualmente é recomendado. Ou exatamente o mesmo que se consome atualmente.

A descoberta, bastante controversa, contradiz tudo que se alega sobre o assunto.

Não há dúvida da conexão entre o sal e a pressão alta, especialmente sem o equilíbrio proporcionado pelo consumo de potássio.

E, embora os cientistas reconheçam a relação entre a ingestão de sal e a alteração da pressão arterial, sua alegação é a de que, se este não for o seu problema e se você não tem mais que 60 anos de idade, não há problema.

De fato, pessoas que consumiram entre 3 mil a 6 mil miligramas da substância por dia tiveram menos riscos cardiovasculares que quem consumiu mais que 6 mil mg e menos que 3 mil mg.

Longe destes parâmetros, o consumo recomendado pela American Heart Association está entre 1.500 e 2.300 milligrama/dia. Apenas 4% da população em 18 países cumpre esta meta.

O sódio (presente no sal) consumido em excesso está nos alimentos tanto em estado natural quanto na fórmula de alimentos prontos, enlatados e congelados.

Entretanto, o estudo, que foi conduzido por três anos e sete meses, é questionado tanto pela medição dos níveis de sódio, feita a través da coleta de urina, quanto pelo curto período, porque problemas cariovasculares levam décadas até se manifestarem.

Outro estudo estima 1,6 millhões de óbitos causados em 2010 por problemas relacionados ao consumo de sódio superior a 2 mil mg/dia.

Diante da polêmica, a recomendação é a de que devemos consumir mais alimentos naturais e menos conservas e salgadinhos industrializados.

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