Resgatando os vilões

Resgatando os vilões

As tentações estão por toda parte. Mas, se você “pula” certos vegetais por conta de seu teor de carboidratos e alto índice glicêmico, saiba que pode estar perdendo mais que seu sabor no prato.

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Quem controla o peso sabe que não deve abusar de batata, milho, abacate e ervilha, por exemplo. Todos estes alimentos possuem alto índice glicêmico, o que signfica que são digeridos mais rapidamente, fazendo a quantidade de açúcar no sangue aumentar.

Além disso, são também ricos em carboidratos. O nosso corpo converte todos os carboidratos em glicose. A glicose é o combustível das nossas células para produzir o calor e a energia com que nos movemos. O problema é que, se não nos movemos, vai tudo parar na cintura.

É verdade que os vegetais listados acima tendem a ameaçar a dieta; pelo menos, mais que aqueles ricos em água, como as folhas verdes, aipo e pepino. Mas eles são plenos de micronutrientes importantes. Para quem busca uma alimentação equilibrada, cortá-los completamente pode ser um erro.

Veja a seguir o quanto cada um pode contribuir com vitaminas, minerais, antioxidantes, fibras e gorduras insaturadas.

Batatas

Como são mesmo deliciosas, podemos perder o controle facilmente. Mas cortá-las do cardápio significa abrir mão de seu perfil nutricional. Elas são riquíssimas em potássio. Uma batata grande com casca contém 1.600 miligramas deste mineral, a metade do consumo diário recomendado – quase quatro vezes mais que uma banana. Potássio é fundamental para a hidratação das células e importante no controle da pressão.

Ainda com cascas, uma batata contém sete gramas de fibras, ou 25% do que precisamos em um dia. Sem a casca, esta quantidade cai para apenas um grama. Já sabemos que, com mais fibras, nos sentimos saciadas por mais tempo. Fibras também ajudam a controlar o açúcar no sangue.

Batatas grandes com casca contém 29 miligramas de vitamina C, quase a metade da recomendação diária. Este antioxidante ajuda a prevenir inflamações e fortalice o sistema imunológico. Sempre com a casca, também aportam significativas quantidades de manganês e vitamina B6.

Abacate

Abacates ajudam no controle do peso, envelhecimento precoce, saúde cardiovascular e na absorção de carotenóides, que se convertem em vitamina A no organismo – um potente antioxidante que protege as células.

Também são importante fonte de gorduras insaturadas, que trabalham para regular nossos níveis de colesterol. Na hora de cozinhar, a dica é substituir gorduras de origem animal por abacates: troque uma colher de manteiga por uma de abacate amassado e elimine 18,5 gramas de gordura saturada de sua receita.

Milho

Sua fama de ser um vegetal “vazio”, que engorda sem trazer benefícios, não poderia ser mais equivocada. Isso porque contém 27 gramas de carboidratos por xícara e um baixo perfil nutricional. Entretanto, entre seus benefícios podemos listar fibras extras, vitamina C e tiamina (vitamina B1), ácido fólico e demais fitonutrientes, todos poderosos antioxidantes.

Seja na espiga, como pipoca ou em cereais matinais, também contém carotenóides e a fama de aumentar a atividade das bactérias do bem do intestino.

Ervilhas

Leguminosas pequeninas e invocadas, as ervilhas provam seu valor pelo alto nível de ácido fólico e vitamina B, que trabalham na divisão celular e na proteção das células.

São também uma boa fonte de ácidos graxos essenciais ômega 3 e 6, fibras e vitaminas C e K.

Sua versão congelada têm os mesmos benefícios da colhida fresca, fazendo dela versátil em qualquer época do ano. Quando o tempo esfria, pode vir em forma de purê numa boa sopa. Quando o clima está mais fresco, pode ser colocada no processador junto com hortelã, alho, azeite e queijo parmesão para fazer molho pesto – uma deliciosa pasta para curtir com amigos na varanda.

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