Que peixe é esse?

App faz rastreabilidade dos peixes

Muito contrariada, já identifiquei que isso acontece com o atum. Mas o problema é maior. No mundo, um em cada cinco peixes é vendido como sendo uma outra espécie. Para evitar esta fraude, vem aí um app criado por pescadores e chefs. 

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Uma investigação global analisou 25 mil amostras de pescados.

O resultado encontrado lembra a decepção de comprar gato por lebre, mas em outro reino animal.

No relatório descobrimos que um em cada cinco peixes é vendido como sendo de outra espécie.

Isso significa dizer que não temos a menor ideia do que está no prato.

Para nos ajudar a evitar esta fraude, os maiores prejudicados resolveram se unir.

Pescadores e chefs de Montauk, no estado de Nova York (Estados Unidos), criaram a plataforma Dock to Dish.

O nome, que significa “das docas ao prato” em português, já transparece seu objetivo.

A iniciativa já garantiu a expansão para Los Angeles, Vancouver e Quepos, na Costa Rica.

Através dela, os restaurantes fazem uma “assinatura” dos peixes diretamente com que os pesca.

E assim eliminam atravessadores, estocagem e manipulações excessivas.

Quais peixes entram na lista?

É aí que reside a origem de todo o problema.

Ao encomendar determinadas espécies, o mercado esgotou a oferta natural.

E estimulou a criação de pescados em fazenda, bem como as fraudes.

A saída defendida pelo sistema é consumir o que o mar nos oferece a cada dia.

Contra a fraude, a Dock to Dish está desenvolvendo um app de rastreabilidade.

Com ele, o cliente de um restaurante vai saber qual pescado será servido e de onde vem.

E até o nome de quem o pescou.

Tudo isso antes mesmo de sair de casa.

Para isso basta consultar o app e ver a posição dos peixes recém-pescados, embalados em sacos com códigos de barras.

Mostrando independência, o projeto arrecadou 100% do investimento via financiamento coletivo.

Registro a ideia na esperança de ver replicado por aqui este modelo de negócio.

Com 8,5 mil quilômetros de costa e 13,7% da água doce do mundo, o Brasil produz apenas 40% dos peixes que consome.

60% dos peixes são importados, vindos da América do Sul, Ásia e Europa.

Enquanto isso, milhares de pescadores artesanais passam por dificuldades, trabalhando apenas pela subsistência.

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