Prazeres rarefeitos

Novos costumes vêm para tomar o lugar das tradições. Por isso, amantes de café devem garantir sua Bialetti. A cafeteira, que faz o espresso tipo moka, pode deixar de ser fabricada.

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Nada como um café preparado pela passagem de água quente sob alta pressão através dos grãos moídos.

É por isso que a bebida é chamada, em italiano, de espresso.

O termo aqui tem o sentido de espremer o grão.

Mas poucos podiam ter em casa uma máquina que produzisse tal iguaria.

Por isso, em 1933 Alfonso Bialetti criou uma alternativa.

Usando o vapor da água fervente, ele produziu um bule que fazia jorrar a bebida.

O estilo único ganhou o nome de moka, também uma cidade no Iêmen, famosa pela qualidade de seu café.

E a cafeteira ganhou o nome de seu inventor.

Agora, as novas gerações não se interessam em manusear a geringonça.

Nos últimos anos, a Bialetti vem perdendo espaço para as máquinas que usam cápsulas.

E, recentemente, precisou entrar em concordata.

Para resolver o problema, a empresa está negociando um empréstimo de 40 milhões de dólares.

As informações foram compartilhadas pelo site Grubster.com.

Pode ser que ainda resista por mais algum tempo, mas a marcha parece ser inevitável.

E a culpa é dos millennials, a geração dos nascidos após 2000.

Com seu comportamento e padrão de consumo, sinalizam o fim de outras coisas.

Como o atum enlatado, que acham “fedorento”.

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