O risco real da comida japonesa
Categoria: Nutra-se

Adoro um sashimi. Os cortes crus de peixes frescos apelam não só ao paladar, mas proporcionam uma experiência estética que complementam o prazer à mesa. Mas o risco à saúde é proporcional – saiba o por quê.
Leia mais:
Mignon ao molho de raiz forte – A influência da culinária japonesa vai além do peixe
A dieta da longevidade – O segredo de Okinawa está na mesa
Graças ao cardápio ancestral, eles vivem mais e têm mais qualidade de vida.
Mas, apesar de saudável e completa, se não for preparada com cuidado, a culinária japonesa também oferece enorme risco.
E não se trata de lenda urbana.
Isso porque, dentre os cortes favoritos para o preparo de pratos crus, alguns peixes, dentre eles o salmão, são hospedeiros intermediários de um verme parasita semelhante ao verme da solitária.
Esse parasita causa uma infecção denominada difilobotríase, com sintomas que vão desde distensão e cólicas abdominais a diarréias e anemia grave.
Para consumir um peixe cru com segurança, é necessário escolher restaurantes de qualidade, o que procuro fazer em todos os destinos que visito.
Por incrível que pareça, nem todos investem em processos que garantem a segurança alimentar se seus clientes.
E não se trata apenas de investimento financeiro, mas na atenção e no cuidado com a manipulação da matéria-prima.
Isso porque os peixes devem passar por um processo de congelamento sob temperatura de – 20ºC por 7 dias ou -35ºC por 15 horas, de acordo com a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
E o risco de contaminação não se restringe aos parasitas.
As carnes cruas são alimentos de alto grau de contaminação por bactérias, entre as quais as conhecidas E. Coli e salmonela.
Os casos não são frequentes, mas não tão raros quanto gostaríamos que fossem.
Por isso, cuidado ao arriscar-se em endereços que parecem pitorescos e autênticos.
Seu paladar aventureiro sempre lhe proporciona ótimas experiências.
Mas pode também deixar você em maus lençóis.
Tags: culinária japonesa, gastronomia étnica, intoxicação alimentar, Lucilia Diniz, umami,