O que é jejum de dopamina?

Imagine deixar de beijar um ano para curtir melhor da próxima vez. Ou deixar de comer um quindim, ou de navegar no Instagram. Buscando foco e produtividade, muitos encaram o jejum de dopamina. Mas, funciona?

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Do acordar ao fechar os olhos, estamos sendo estimulados o tempo todo.

E nada mais nos surpreende.

Por isso, muitas pessoas estão adotando o “jejum de dopamina”.

A moda começou no Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Nesta região estão sediadas grandes empresas de tecnologia daquele país.

A ideia é viver sem prazer.

Assim, coisas que são vistas como cotidianas, como comer, usar a internet ou encontrar a família, podem ser mais gratificantes.

Bastaria valorizar mais quando acontecerem.

Para isso, chega-se ao ponto de desligar os prazeres produzidos pelo cérebro.

Iniciados cortam a comida, o sexo, o contato com os pais.

Os mais extremos desconectam-se completamente.

E até evitam luz artificial por um dia inteiro ou mais, bebendo nada além de água.

Os fãs dizem que uma curta abstinência torna a vida mais interessante quando retomam a rotina.

Isso teria a capacidade de melhorar o humor, foco e produtividade.

Historicamente, o jejum de dopamina se baseia no “controle de estímulos”.

Esta abordagem é usada em psicologia para tratar adictos.

Apesar desta origem, a moda não tem base científica.

Certamente abster-se de comportamentos obsessivos tem efeito positivo na saúde.

Mas é pouco provável que benefícios percebidos tenham a ver com dopamina em si.

Não se pode “ligar e desligar” a produção do neurotransmissor como um interruptor.

Mesmo em um ambiente de baixo estímulo, ainda somos expostos à dopamina.

Sempre temos a capacidade de pensar, o que pode desencadear o fluxo do hormônio e os sentimentos associados.

Acontece de modo involuntário e o tal jejum não teria como interferir.

Entretanto, é possível sim trabalhar a resistência às tentações.

Para saber lidar melhor com o autocontrole – clique aqui.

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