O fim da raiz forte?

Essa é preocupante, já que eu adoro o alimento. Estamos diante de uma escassez global de horseradish, a raiz forte. O maior fornecedor do mundo anunciou o problema no mês passado.

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A raiz forte é conhecida como rábano silvestre.

É cultivada desde a antiguidade e usada como acompanhamento e condimento para peixes e carnes.

Antigamente, era o único tempero picante das cozinhas alemã e dinamarquesa.

Parente do wasabi, a planta é considerada antimicrobiana, antiinflamatória e depurativa.

Outro nome é horseradish, como vejo nos rótulos dos molhos com ela preparada.

Molhos importados, claro.

Porque, embora usada milenarmente, não encontra muitos fãs por aqui.

Serão menos pessoas para sentir saudades.

A marca Silver Spring Foods anunciou que, “devido ao clima severo na primavera e no outono de 2019”, há uma escassez geral de ingredientes.

O anúncio foi feito em 31 de outubro último.

A empresa americana é autodeclarada o maior cultivador e processador de rábano do mundo.

A culpa da ameaça é do aquecimento global.

“2019 foi um golpe duplo para o rábano em termos de clima”, disse Eric Rygg, presidente da Silver Spring Foods.

“Embora tenhamos plantado mais rábano do que nunca, não conseguimos colher tudo a tempo devido ao enorme derretimento da neve, um outono úmido e uma geada precoce”.

O problema está sendo enfrentado por produtores nos Estados Unidos, Canadá e Europa.

É possível que a questão se resolva por si só.

A raiz forte dura mais de um ano debaixo da terra, se não for colhida.

Por enquanto, a estimativa é que os estoques atuais comecem a rarear entre fevereiro e março de 2020.

Terei que economizar.

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