O alto custo do prato cheio

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O quanto investimos para nos alimentar? Governo dos Estados Unidos produz mapa global com o quanto gastamos para comprar comida. Quanto mais pobre o país, mais difícil manter a nutrição em dia. Quanto mais rico, o perigoso contrário.

Uns com tanto, outros com tão pouco. Enquanto nos Estados Unidos um trabalhador gaste em média 6,6% de sua renda com a alimentação, no Paquistão são 47,7%. A revelação vem de pesquisa do Departamento de Pesquisas Econômicas do Departamento de Agricultura americano.

Entre as análises, a mais óbvia é a de que a prosperidade faz bem. Quanto mais rico fica um país, mais de seus recursos são deslocados para outras áreas, como planos de saúde e entretenimento. A Coréia do Sul é um bom exemplo. Em 1975, o custo da alimentação consumia um terço da renda do trabalhador. Hoje, este gasto se restringe a 12% de seu orçamento.

Outra correlação, e das mais cruéis: quanto mais pobre o país, exatamente onde o alimento custa mais caro, mais existem casos de má nutrição infantil. Mas as coisas não são tão racionais. Observando-se o custo da alimentação na Índia, vê-se que é menor que o registrado na Rússia, nação bem mais rica.

Entretanto, outra pista falsa são os casos de obesidade. Já falamos deste paradoxo. A crise de peso indistingue renda, afetando tanto os Estados Unidos como o México e o Brasil, onde os casos já passaram, e muito, a metade da população.

Confira nos gráficos a seguir a relação entre a prosperidade e a mesa.

Na escala, quantos por cento do salário são necessários para comprar comida

A mesma informação, mais de perto

Em outro gráfico, produzido pela Universidade de Washington, vemos a relação entre custo da comida e má nutrição. O tamanho das esferas mostra o quanto da renda é gasto em alimentos; e a cor escura mostra o problema de saúde pública

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