NY contra o hot-dog

Parece incrível, mas vai chegar o dia em que não será possível comer hot-dog em Nova York. Cidade planeja reduzir pela metade o consumo de carne bovina da cidade – e eliminar a carne processada.

Leia mais:

Último purê da Terra – Novas gerações ameaçam as batatas
Juventude nada saudável – Interesse apenas virtual?

Se há um alimento identificado com uma cidade?

Claramente estamos falando de cachorro-quente em Nova York.

Mas esta tradição está para mudar – ou até ser cancelada.

A prefeitura de Nova York anunciou planos de cortar 50% do consumo de carne bovina da cidade.

E de eliminar a carne processada em locais administrados pelo município, como hospitais e prisões.

Incluindo escolas, que também passam a adotar a Segunda Sem Carne – leia mais aqui.

Isso significa que apenas refeições vegetarianas serão servidas aos alunos em todos os cinco distritos às segundas-feiras.

As iniciativas fazem parte do plano da cidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

As metas são ambiciosas (e de curto prazo): 30% até 2030 e a neutralidade de carbono até 2050.

O anúncio irritou muitos na indústria de alimentos.

“Acreditamos que a tentativa do prefeito, embora tenha as melhores intenções, é bastante equivocada em destacar a carne bovina como algo que pode ter um impacto significativo”.

A fala é de Jennifer Houston, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Carne Bovina, nos Estados Unidos.

A reação do setor é protocolar e tenta nos desviar da verdade.

E mostram o acerto da medida.

Sim, proteínas animais foram e são fundamentais na dieta de milhões de pessoas.

Entretanto, esta indústria é responsável por 18% das emissões de gases do efeito estufa.

Para se ter uma ideia, todos os aviões, trens, navios e carros em uso ao mesmo tempo respondem por 13%.

Se a questão ambiental não fosse importante, há a saúde pública.

Carnes processadas, como a salsicha, causam tantos malefícios quanto o tabagismo.

Para ler mais sobre o assunto – clique aqui.

Tags: , , , , ,