Naturalmente descafeinado

A bebida tem muitas qualidades nutricionais. Mas há quem evite pela característica que tem de acelerar o coração. Agora, pesquisadores brasileiros estudam café que já nasce sem cafeína.

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Ela está presente em outras bebidas e alimentos, como em chás e chocolate.

Entretanto, a cafeína está ligada essencialmente ao café.

A substância é um inibidor de apetite e um estimulante.

Mas também tem um lado negativo.

Pode causar ansiedade, insônia, desarranjos intestinais, sudorese e acelerar os batimentos cardíacos.

Encontrar cafés descafeinados é fácil.

Difícil é retirar a cafeína dos grãos de café.

Este é um processo feito através de muita química – geralmente cloreto de metileno ou acetato de etil.

Ao final, o café descafeinado tem até 0,10% de cafeína (um tradicional tem mais de 1%).

Agora, o Brasil lidera as pesquisas para produzir um café naturalmente descafeinado.

Não exatamente agora, já que a pesquisa é conduzida há 20 anos.

O trabalho é do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que mira desenvolver um café quase zero de cafeína desde seu cultivo.

Desse modo, o fruto não precisaria passar pelo banho químico.

Ainda devemos esperar para encontrar o produto no mercado.

Entre o plantio e o nascimento dos primeiros frutos são necessários seis anos.

E somente após sete gerações de cruzamentos é possível dizer que a planta já tem uma uniformidade genética estabelecida.

Com cortes em verbas oficiais (o IAC é órgão do governo paulista), atrasos são esperados.

Espera-se que o interesse da indústria possa acelerar o desenvolvimento da pesquisa.

Afinal, o Brasil é atualmente o país em que mais se consome café no mundo — desde 2014, ultrapassou os Estados Unidos.

Cada brasileiro toma 2,3 xícaras de café/dia, (839 cafés por ano, segundo a consultoria Euromonitor).

Mas problemas de insônia ou de gastrite podem levar o consumidor a uma mudança de hábito.

Neste cenário, versões descafeinadas surgem como opção.

A versão brasileira, natural, ainda promete manter o aroma da bebida.

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