Máquina de problematizar

Procurando pelo em ovo – quem nunca? Estudo revela como nossos cérebros são programados para encontrar problemas nos quais focar, o que nos deixa constantemente preocupados.

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Se está tudo bem, você arruma problemas?

Isso acontece porque nossos cérebros estão conectados para encontrar problemas nos quais se concentrar.

É o que revela um novo estudo da Universidade de Harvard (Estados Unidos).

Nele, foi realizado um experimento com voluntários.

Eles deveriam olhar para uma série de rostos gerados por computador e decidir quais pareciam “ameaçadores”.

Os rostos tinham sido cuidadosamente projetados para variar de muito intimidante para muito inofensivo.

Progressivamente, foram sendo mostrados cada vez menos rostos ameaçadores.

Como resultado, os participantes começaram a reclassificar rostos antes definidos como inofensivos.

E passaram a achá-los mais ameaçadores.

Isso é uma consequência de como processamos as informações.

Aparentemente, estamos sempre comparando o que temos diante dos olhos com o novo contexto.

A explicação está no processo evolutivo.

“Os cérebros humanos evoluíram para usar comparações relativas em muitas situações”.

A explicação é de um dos autores do estudo, Dr. David Levari.

“Essas comparações nos fornecem informação suficiente para navegar com segurança nos ambientes e a tomar decisões”.

Tudo ao mesmo tempo e com o menor esforço possível.

Este processo também mostra como, diante de uma mesma situação, podemos ter reações diferentes.

O Dr. Levari sugere, por exemplo, anotar quais seriam as questões que nos preocupam, sobre determinado problema.

E ver que, ao ser resolvido, ele não muda de cara.

Se aconteceu, muito provavelmente você está diante de outro problema.

Para o qual será preciso mudar a estratégia.

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