A maldição da meia noite

A maldição da meia noite

Sabe aquela fome que bate no meio da noite? Não se trata de fraqueza. Estudo publicado na revista Obesity mostra que o hábito é mais forte que a consciência. É contra isso que devemos lutar.

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A empresa Jawbone, fabricante das pulseiras de auto-quantificação que registram hábitos de milhões de pessoas em todo o mundo, divulgou a compilação de alguns de seus dados.

O estudo revelou que a preferência por alimentos gordurosos e açucarados é maior entre meia noite e quatro horas da manhã. E isso é independente da hora em que acordamos ou do que comemos durante o dia.

Dentre a categoria dos “proibidões da madrugada”, estão listados sorvete, bolo e batatas fritas. Estas escolhas são coerentes com o conhecimento científico que temos de nossos hábitos noturnos.

Aparentemente, este apetite desregulado é provocado por nosso relógio interno. Ou seja, a culpa não é da fome.

Um dos motivos é que, quando dormimos, há uma queda na produção do hormônio cortisol. Ficar acordado até tarde provoca um desequilíbrio nesta equação, o que faz com que o cérebro “peça” comida.

Outra razão também é hormonal e tem a ver com o metabolismo. Quando estamos cansados, ao final da jornada, o corpo produz menos leptina, que provoca saciedade – e mais grelina, o hormônio que causa fome.

A falta de sono também reduz a atividade nas áreas do cérebro responsáveis pelas decisões. Com isso, o julgamento cede à tentação. E a escolha é sempre pela junk food.

Para fugir da armadilha, policie seus hábitos. Controlar a vontade é um trabalho cotidiano, que só traz resultados com paciência e disciplina.

O gráfico das preferências

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Cardápio pelo relógio

O cardápio das preferências

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