Curtir demais faz mal?

Curtir demais faz mal?

Se já era complicado viver sob a ditadura da estética, agora piorou. Para as adolescentes, sempre online, curtir fotos e posts leva à forte autocrítica. Infelizes com o que veem, acabam apresentando depressão e desordem alimentar.

Para entender como o Facebook afeta a percepção que as meninas têm de seus corpos, pesquisadores da American University, de Washington (Estados Unidos), aplicaram um questionário a mais de 100 adolescentes. As perguntas foram tanto sobre a rede social quanto sobre a imagem que fazem de si mesmas.

O estudo, publicado na revista Cyberpsychology, Behavior and Social Networking, associa o tipo de informação acessada e o tempo gasto online à influência sobre a autoimagem das garotas americanas. Foram analisados, por exemplo, a criação de eventos no Facebook e a frequência com que curtiam fotos próprias e junto a amigos. As meninas que gastaram mais tempo vendo fotos foram as mesmas que demonstraram maior insatisfação com seus corpos e maior obsessão por temas relacionados à magreza. Este conteúdo, focado em estereótipos extremados de beleza, faz com que mulheres em formação criem um conceito deturpado de saúde e boa forma – e o compartilhamento parece “acelerar” este processo.

O que acontece é uma “objetificação” das pessoas. As fotos compartilhadas pela rede social funcionam como um “gatilho” para uma mudança de comportamento, muitas vezes destrutiva. Relacionar a desordem alimentar com autoimagem distorcida e casos de depressão é importante para identificar os padrões e vulnerabilidades deste grupo. Ao padronizar estes fatores, talvez seja possível desenvolver alguma prevenção.

Que tal um “upload” no astral? Tudo depende do foco: aproveite as fotos que vê para inspirar uma mudança de atitude de forma saudável. Compartilhe resultados próprios e receba incentivos dos amigos. Isso sim é usar a rede social a seu favor.

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