Baseado em fatos irreais

A vida imita a arte. Mas seria melhor que não o fizesse. Seriados médicos, com o exagero da ficção, nos fazem ter percepção errada da profissão. E de como lidamos com tudo a respeito.

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Um novo estudo diagnosticou um problema com programas médicos.

A pesquisa foi feita pelo St. Joseph’s Hospital and Medical Center (Estados Unidos).

Ela nos alerta que ficções com temas médicos “podem cultivar falsas expectativas entre os pacientes e suas famílias”.

Exatamente quando se trata da realidade do tratamento e recuperação.

O trabalho analisou 269 episódios da série Grey’s Anatomy.

Nele foram comparados os diagnósticos de 290 personagens com as informações de 4.812 pacientes reais.

Como resultado, a quantidade de óbitos na TV foi três vezes maior do que registrada em hospitais.

Em números, 22% das personagens morrem na série.

Na vida real, apenas 7% dos pacientes têm o mesmo destino.

Além disso, 71% dos pacientes fictícios foram direto da sala de emergência para o centro cirúrgico.

Na vida real, apenas um quarto das pessoas passam por isso.

Na TV, metade dos casos graves permaneceram internados por menos de uma semana.

Mas, na realidade, somente 20% dos pacientes em estado grave ficam menos de sete dias no hospital.

Esse retrato equivocado das emergências médicas pode levar a expectativas irreais em pacientes e seus familiares.

O estudo foi publicado no periódico Trauma Surgery & Acute Care.